sábado, 29 de janeiro de 2011

25/01/2011 Por muito sofrer e muito pensar...

Por muito sofrer e muito pensar...
Hoje venho devolver-lhe
O que lhe é por direito.
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Um dia, dois corações flechados,
Cansados, angustiados,
Feridos e maltratados;
Decidiram se separar.
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Num mar de agonia e pranto,
Separados, cansados;
Resolveram se rebelar.
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Contrariando a natureza,
Em prantos;
Quanto amor, quanta beleza.
Porém; a se desprezar.
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Maior foi à agonia,
Que tristeza ali fazia.
Decidiram não mais amar.
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Decidiram pela aspereza.
Quanta falta de clareza.
E a morte, pôs-se a adorar.
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Amor maltratado e ferido,
Abandonado e desmedido.
Ao pecado foram se entregar.
Coitados!
Nem imaginavam que de onde eles estavam
Não podiam mais retornar.
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Meus Deus!
Pra onde foi à pureza,
A alma de realeza,
Onde foi se alojar?
A alma pôs-se a lamentar!
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Dois corações se esfriaram.
Do amor, ao triste fado.
E a alma pôs-se a chorar.
Chorou com tal amargura
Que suas lágrimas secaram,
Em pedra criatalizaram;
E aos outros, apedrejar.
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Tristeza, abandono e desprezo,
Ontem, hoje; desde o começo
Nos braços da solidão.
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Do fel mais amargo da vida,
Abraça a triste amiga;
De mãos dadas elas trilham
A estrada da solidão.
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Um dia, as almas, se encontraram,
Amaram e se abraçaram,
E deram as mãos ao perdão.
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Na fonte d'água da vida,
Juntas lindas vestiam,
Bordados de pedraria;
Das pedras que antes nasciam
Dos olhos da solidão.
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Hoje ferida e abatida
Entrego-lhe o fruto da vida,
Do amor que tanto desejou.
Amor sem vaidades,
Amor de cor e plumagem
Do mais valoroso perdão.
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Pluma que seca o pranto,
Neste leito de acalanto;
O fruto de um grande amor.
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Devolvo-lhe o que lhe roubei;
A paz, a alegria, e o sorriso.
Hoje, amanhã...
E o destino o qual lhe privei.
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Amor, querido e amado;
Perdoe-me pela omissão,
De vários anos passados,
Desprezando um lindo coração.
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Sinta a chama da vida;
A chegada e a partida,
Do amor ardente em paixão.
....... Eliane Caixeta (25/01/2011 - 01:40 AM)