sábado, 9 de julho de 2011

Eu, grão de areia


Vou fechar minha concha
e me esconder no Nácar
ficar ali nas dores
sofrer e chorar.
*
Ver quantos dias me caibo
quantos dias me acho
quantos dias preciso
para me machucar,
para sofrer e chorar.
*
Escondida na concha
não me acho
ninguém me acha
nem precisa procurar.
*
Mas ali dentro da concha
sendo um pequeno grão de areia
me alimentando no Nácar
fico e continuo sofrendo
e a concha se fechando
e as dores continuando
dores para machucar.
*
Quem sabe eu, grão de areia
depois desse sofrer bastante
abro a concha e me vejo brilhante
eu, Pérola a brilhar. ....(Solange Menezes)

Um comentário:

  1. Olá Eliane
    Fiquei feliz que gostou de minha poesia e a trouxe para seu blog. Tentei te seguir e não consigo, vou tentar outra hora novamente, assim fica fácil chegar aqui e ler seus escritos. beijos e sorte em seu blog.

    ResponderExcluir